Vacina chinesa é segura e não causa efeitos colaterais graves
Imunizantes é desenvolvido pelo Instituto de Biologia Médica e supervisionado pela Academia Chinesa de Ciências Médicas. Inicialmente, foi aplicado em 191 pacientes saudáveis com idades entre 18 e 59 anos.
Uma vacina experimental chinesa contra a Covid-19, desenvolvida pelo Instituto de Biologia Médica e supervisionada pela Academia Chinesa de Ciências Médicas, mostrou resultados positivos em testes clínicos no estágio inicial, de acordo com informações divulgadas pelos autores da pesquisa nesta terça-feira (6).
Segundo os dados preliminares em pré-print (artigo científico sem revisão de outros cientistas), a aplicação da vacina não apontou reações adversas graves e apresentou um bom índice de segurança. Nesta etapa inicial, o imunizante foi dado a 191 participantes saudáveis com idades entre 18 e 59 anos.
Algumas reações adversas foram relatadas, no entanto. As mais comuns foram dor amena, fadiga leve e vermelhidão, coceira e inchaço no local da injeção. A candidata também induziu a uma reação imunológica considerável.
"Todos os dados obtidos neste teste apoiam a segurança e a imunogenicidade desta vacina não-ativada no que diz respeito a estudos de sua eficiência no futuro", disse o artigo.
A China tem ao menos quatro vacinas experimentais em testes em humanos. No Brasil, o governo de São Paulo está apostando em uma delas, a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Em 23 de setembro, o governador do estado, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam dos teste na China não apresentaram efeitos adversos.
"Esses resultados comprovam que a Coronavac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicando a Coronavac como uma das 8 mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo", disse Doria.
(Reuters/G1)