22/09/2016

Um terço dos aposentados acima dos 60 trabalha

Um terço dos brasileiros acima de 60 anos (33,9%), mesmo aposentados, continuam trabalhando

Levantamento feito pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que mais de um terço dos brasileiros acima de 60 anos (33,9%), mesmo aposentados, continuam trabalhando. Considerando os que têm entre 60 e 70 anos, o percentual dos que trabalham sobe para 42,3%. Necessidade financeira explica porque boa parte dos idosos aposentados ainda estão no mercado de trabalho. Para 46,9%, a aposentadoria não é suficiente para pagar as contas. Outros 9,1% não pararam para poder ajudar os familiares financeiramente.

Há ainda 23,2% que querem manter a mente ocupada, e 18,7% que desejam se sentir mais produtivos. Entre os trabalhadores, 17% são profissionais autônomos. Outros 10% são trabalhadores informais ou fazem bicos, enquanto 2,1% são profissionais liberais. Os que trabalham em empresas privadas somam apenas 1,7%. O estudo aponta que 35,1% chegaram à terceira idade sem ter se preparado para a aposentadoria. No caso das mulheres e dos idosos das classes C, D e E, a parcela é ainda maior: 39,5% e 41,5%, respectivamente.

As principais medidas citadas como preparo feito para a aposentadoria foram a contribuição compulsória do INSS pela empresa em que trabalhavam (40,8%) e o pagamento do INSS por conta própria (17,4%). Apenas 8,4% afirmam que investiram em uma previdência privada. Já o depósito na poupança foi citado por 4,5% dos idosos entrevistados, e o investimento em imóveis, por 4,4%. "Contar somente com a previdência pública é algo bastante temerário e que deve ser evitado", alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Satisfação

A pesquisa mostra ainda que 70,7% têm sentimentos positivos sobre a situação: 38,8% dizem que sentem satisfação pessoal por trabalhar, enquanto 19,7% dizem que sentem orgulho. Já para outros 28,3% trabalhar após a aposentadoria é negativo. Entre eles, 9,3% dizem sentir indignação pela situação, enquanto outros 8,1% reclamam de cansaço. 

(Agências)

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