Pesquisa mostra saúde financeira dos brasileiros
O brasileiro está “mais apertado” por conta da pandemia de Covid-19, com 6 em cada 10 pessoas reduzindo gastos neste período. E mais: 66% cortaram despesas de casa porque o dinheiro estava curto; 57% diminuíram gastos com transporte e somente 43% dos brasileiros poupa dinheiro apenas quando sobra no final do mês. Essas são algumas das conclusões de um levantamento realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica, para avaliar a saúde financeira dos brasileiros durante a pandemia.
O estudo foi realizado em setembro de 2021, com uma amostra de 2.010 entrevistas por abordagem online (de todas as regiões do país – nas 27 Unidades da Federação) e traz um panorama nacional da saúde financeira do brasileiro.
A pesquisa mostrou que 56% dos entrevistados deixaram de planejar a compra ou reforma da casa e 46% acreditam que até o próximo ano devem retomar a uma situação de vida similar ao que era antes da pandemia. A pesquisa também mostra que a Geração X é a mais endividada: 42% dos adultos (entre 40-60 anos) pegaram empréstimo ou contraíram alguma dívida no último ano.
Prioridade
A pesquisa ainda revela que 4 em cada 10 brasileiros estão mais preocupados com a saúde financeira do que com as saúdes física e emocional: 67% dos entrevistados dizem que pensam muito antes de gastar dinheiro. O levantamento indicou que 48% afirmaram saber quando deve procurar orientação de como usar o seu dinheiro. E 5 em cada 10 brasileiros já planejam o futuro financeiro.
Outro dado é que 52% dos brasileiros disseram ficar estressados com as despesas e compromissos financeiros nesta pandemia. 36% dos entrevistados contraíram algum empréstimo ou dívida nos últimos 12 meses e, entre estes, 58% acreditam que honrarão os pagamentos dentro do prazo.
No que diz respeito a economia, 21% dos entrevistados disseram conseguir poupar dinheiro sempre ou frequentemente, enquanto 44% dos brasileiros afirmaram economizar raramente ou nunca. Entre aqueles que conseguem poupar, 36% têm a finalidade de juntar uma reserva de emergência, e 7% querem investir. Pensar no futuro (7%), viajar (6%), pagar contas (6%) e comprar imóvel (5%) também estão entre as finalidades mais citadas.
Fonte de informação
Quando o assunto é fonte de informação, o levantamento mostra que para 31% das pessoas aquilo que o companheiro ou companheira diz é a principal fonte ouvida na hora de tomar decisões financeiras. Pais (13%) e filhos (12%) aparecem em seguida, com os especialistas em finanças (5%) e gerente do banco (4%) surgindo bem abaixo.
Segundo o Instituto FSB Pesquisa, no perfil médio da amostra da população no levantamento a maioria é do público feminino, de classe C, em idades bem distribuídas, com média de 41 anos, e especialmente localizados na região sudeste do país.
A pesquisa de opinião quantitativa contou com amostra representativa dos brasileiros com acesso à internet no país com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 15 e 23 de setembro de 2021.
(Monitor Mercantil)