26/07/2016

Mercado já vê inflação dentro da meta em 2018

Depois da guinada na comunicação e do compromisso de colocar a inflação na meta de qualquer jeito, o Banco Central (BC) conseguiu, enfim, ancorar a expectativa para a inflação em 2018

Depois da guinada na comunicação e do compromisso de colocar a inflação na meta de qualquer jeito, o Banco Central (BC) conseguiu, enfim, ancorar a expectativa para a inflação em 2018. Antes da troca do governo, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 5%. Esse percentual ficou estável até os primeiros discursos do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn. No fim de julho, a projeção começou a cair. Ontem, a estimativa recuou de 4,6% para 4,5%, que é a meta.

Até a semana passada, os economistas consultados pelo boletim Focus, do BC, estimavam que a inflação só ficaria na meta em 2019. Segundo analistas ouvidos pelo GLOBO, essa mudança foi reflexo do comunicado divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) após a reunião da semana passada. No texto, os diretores explicaram os desafios no combate à inflação. Isso fez com que os analistas entendessem que o BC só mexerá nos juros básicos, hoje em 14,25% ao ano, quando as perspectivas para a inflação começassem a ceder. Ontem, as previsões para 2018 chegaram ao alvo.

- Agora, as previsões de 2017 têm de ficar mais próximas ao centro do objetivo - disse a economista-chefe da ARX, Solange Srour. Alex Agostini, economistachefe da Austin Rating, ressaltou que pesou ainda o aprofundamento da crise: - Isso tem de bater nos preços em algum momento. Ainda que longe da meta, as projeções para a inflação deste ano e de 2017 continuam a cair. As estimativas recuaram de 7,26% para 7,21% e de 5,3% para 5,29%, respectivamente.  

(GABRIELA VALENTE - G1)

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