13/10/2016

Melhora projeção para o Brasil

O Brasil conseguiu inverter as expectativas ruins para o país

O Brasil conseguiu inverter as expectativas ruins para o país. Ontem, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) previu ligeira melhora no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano - passou da queda de 3,5%, na previsão de julho, para encolhimento de 3,4%. Anteriormente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia interrompido projeções de piora na atividade - em julho, previu um recuo menor do PIB em 2016, de 3,3%, e manteve a expectativa no início deste mês.

Apesar da leve melhora apontada pela Cepal, o Brasil continua com o terceiro pior desempenho da região em 2016, atrás apenas da Venezuela, que deve ter recessão de 8%, e do Suriname, com retração prevista de 4%. Já para 2017, o Brasil deve ter um desempenho positivo de 0,5%. As projeções para o ano que vem dão conta de um cenário global mais positivo, com preços das matérias-primas melhores em relação aos níveis médios de 2016. Além disso, a expectativa é de que o crescimento dos parceiros comerciais dos países da região seja maior.

Para a América Latina e o Caribe, a comissão prevê contração de 0,9% neste ano, puxada pelas quedas do preço do petróleo no Brasil, Venezuela, Equador e Argentina. Uma melhora no valor das commodities, no entanto, permitirá expansão de 1,5% em 2017, segundo a Cepal. Os países sul-americanos acusam uma maior deterioração econômica, afetados principalmente por uma queda em seus intercâmbios, uma menor demanda externa e uma importante desaceleração da interna, que reflete uma significativa queda no investimento doméstico.

Já as projeções para 2017 "dão conta de um ambiente global que se prevê mais auspicioso que o de 2015 e 2016", explicou a Cepal. "No próximo ano, os preços das matérias-primas evidenciarão melhorias em relação aos níveis médios de 2016 e se espera que o crescimento dos sócios comerciais dos países da região seja maior." As economias da América do Sul, especializadas na produção de bens primários, em especial petróleo, minérios e alimentos, terão um crescimento médio em 2017 de 1,1%, que contrasta com a contração esperada de 2,2% em 2016.  Para as economias da América Central a expectativa é de uma taxa de crescimento de 4% para 2017, acima dos 3,7% projetados para 2016.

Dinamismo

No Caribe de língua inglesa ou holandesa, a estimativa é de crescimento médio de 1,4% para 2017, ante recuo esperado de 0,3% em 2016. Segundo a comissão, para sustentar o maior crescimento esperado em 2017, é necessário dinamizar o investimento e aumentar a produtividade, sendo os aportes em infraestrutura e inovações primordiais. Segundo a Cepal, para sustentar o maior crescimento esperado em 2017, é necessário dinamizar o investimento e aumentar a produtividade e o investimento em infraestrutura e inovação tecnológica deve ter papel primordial.

Além disso, para proteger os avanços sociais conquistados nos últimos anos, o órgão afirmou que são necessárias políticas que mantenham o investimento social e produtivo em meio a ajustes fiscais inteligentes. Diante da contração econômica atual, o organismo internacional reafirma que a região precisa de uma mudança estrutural progressiva com um grande impulso ambiental que promova um desenvolvimento baseado na igualdade e na sustentabilidade ambiental.  

(Correio Web)

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