09/05/2023

Homens e mulheres têm planos diferentes para a aposentadoria

     Estudo do Laboratório do Envelhecimento do MIT mostra que eles querem relaxar, enquanto elas pensam no crescimento pessoal.

     O que você está sonhando fazer durante a aposentadoria? Há boas chances de não ser a mesma coisa que seu cônjuge. As diferenças entre os casais são mais comuns do que se supõe, é o que mostra estudo do AgeLab, o Laboratório do Envelhecimento do poderoso Massachusetts Institute of Technology (MIT). Homens e mulheres têm concepções distintas sobre a vida depois de encerrar a carreira profissional.

    Para os homens, a aposentadoria é vista como uma espécie de prêmio depois das décadas de sacrifícios e dedicação: uma fase para relaxar, descansar e se dedicar a hobbies. Já as mulheres encaram essa etapa como um novo estágio de realizações, no qual terão mais liberdade para buscar o crescimento pessoal.

      Em parte, tais diferenças parecem refletir o fato de que as mulheres entram nessa fase com melhor saúde e mais anos de vida pela frente, já que sua expectativa de vida é maior. No entanto, de acordo com os pesquisadores do MIT, a explicação não é tão simples. Trata-se, também, de uma consequência dos obstáculos enfrentados por elas: as carreiras femininas são frequentemente interrompidas, por causa da criação dos filhos ou quando se tornam cuidadoras de familiares. Esse entra-e-sai do mercado de trabalho muitas vezes impede a realização profissional e o período pós-aposentadoria é visto como uma chance de retomar projetos e buscar realizações, uma vez que a responsabilidade de cuidar de terceiros deixa de existir.

     Considerando que manter o cérebro afiado é uma ferramenta eficiente contra o declínio cognitivo, são elas que estão fazendo a opção certa. Nos Estados Unidos, as mulheres acima dos 50 anos representam a espinha dorsal do voluntariado e vêm aumentando substancialmente sua participação como empreendedoras. A pesquisadora Chaiwoo Lee e Joseph F. Coughlin, fundador e diretor do AgeLab, são os autores do estudo, intitulado “Describing life after career: demographic diferences in the language and imagery of retirement”. Um grupo de 990 adultos participou do levantamento, que utilizou representações verbais e visuais do que as pessoas projetavam para a pós-aposentadora. 

      De um modo geral, a percepção em relação a essa fase era otimista, mas em menor medida quando se tratava de não casados e do grupo com rendimentos modestos, que utilizaram um número reduzido de expressões positivas para seu futuro.

     Atualmente, há mais norte-americanos aposentados do que em qualquer outro período da História do país. Estima-se que o número de indivíduos acima dos 65 anos chegue a 73 milhões em 2030, o equivalente a 20.3% da população. Apesar de ser uma potência, a capacidade de poupança é baixa: 57% relatam ter uma reserva, e a média é de US$ 5 mil (R$ 25 mil) guardados   (Mariza Tavares - G1)

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