06/07/2021

Educação financeira nas escolas será a próxima tendência educacional?

Em junho deste ano, o Ministério da Educação (MEC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em conjunto comunicaram que oferecerão cursos de educação financeira para capacitar cerca de 500 mil professores, a fim de estimular esse ensino nas escolas brasileiras.

Essa notícia foi muito comemorada nas redes sociais por aqueles que entendem a importância de aprender sobre saúde financeira e empreendedorismo no colégio.

Entretanto, capacitar os professores é realmente o melhor caminho?
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN) mostrou que, em 1450 escolas particulares que já implementaram a educação financeira, cerca de 68% dos professores possuem uma mentalidade de endividado.

Apesar de possuírem conhecimentos básicos de matemática financeira, faltava nos docentes um hábito saudável de consumo, como gastar menos do que recebem.

Com a pesquisa, é notável que a Educação Financeira é 80% baseada em comportamentos socioemocionais e somente 20% em matemática financeira.

Qual a diferença entre educação financeira e matemática financeira?
A matemática financeira consiste em cálculos de juros compostos, ou até mesmo juros simples.
Já quando se fala de educação financeira, os tópicos abordados são praticamente todos comportamentais, como por exemplo o planejamento de sonhos para transformá-los em metas.

Capacitar os professores é o caminho certo?
Segundo o estudo da ANBIMA, é necessário trabalhar com os professores, já que estes serão os “embaixadores” da educação financeira dentro das salas de aula.

Por isso, surgiram diversas iniciativas para focar no treinamento socioemocional dos docentes, afinal, a matemática financeira, em conjunto com os produtos financeiros no mercado, pode potencializar os sonhos do indivíduo e fazê-lo optar pelo caminho que o deixará mais próximo de seus sonhos.

No início de 2020, o tema “Educação Financeira” tornou-se obrigatório nas escolas de Ensino Infantil, Fundamental e Médio.

Porém, o tema foi incluído como ensino transversal. Ou seja, ele pode ser ensinado em qualquer matéria, e não somente em Matemática.

Desde então, foram criados projetos do mercado público e privado com o intuito de agilizar esta implementação nas escolas, e cada vez mais Startups adotam esse objetivo.

Dois exemplos destas empresas são a FORME Educação, voltada para o Ensino Infantil e Fundamental I, e a Mooney, que o implementa no Fundamental II e Ensino Médio.  

(Forme Educação/TradeMap)

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