10/01/2022

Educação Financeira: Finanças - Um assunto para conversar com os filhos

Dinheiro é um assunto do dia a dia de qualquer família, mas será que os seus filhos também participam das finanças?

Dinheiro pode ser um assunto delicado para muitas pessoas, principalmente entre adultos, mas finanças deve ser um assunto regular entre pais e filhos, pois até mesmo crianças e adolescentes precisam criar uma relação saudável com o dinheiro. Segundo Jessyca Savio, assessora de Negócios da Sicredi, a educação financeira é a maior herança que os pais podem deixar para seus filhos, pois de nada adianta deixar bens se o seu filho não souber como administrar.

“Os pequenos não podem ver o dinheiro como uma coisa ruim, muito pelo contrário, se eles tiverem uma relação saudável com o dinheiro, se tiver noção de economia e evitar desperdícios, eles conseguirão realizar seus maiores sonhos”, explica a assessora de Negócios da Sicredi.

A infância é uma das principais fases de desenvolvimento do ser humano, pois estão criando personalidade e tem mais facilidade em aprender a lidar com o dinheiro se for instruído da forma certa, e esses ensinamentos serão levados pela vida toda.

Para Ana Lucia Trelinski de Souza, mãe de um adolescente e uma menina de 6 anos, a falta de educação financeira para os filhos, na grande maioria é culpa dos próprios pais que se envolvem com a correria do dia a dia e acabam se preocupando apenas em prover o que as crianças precisam e esquecendo de instruir e acompanhar a relação deles com o dinheiro.

Como abordar de forma natural?
Jessyca Savio explica que quando trazemos conceitos financeiros para dentro de casa, ensinamos os nossos filhos a ganhar dinheiro e também a gastar, pois essa consciência não vem do que os pais falam, mas sim pelos exemplos que despertam esse entendimento, como economizar água e luz, a fim de mostrar que os recursos são finitos.

“A criança deve ser apresentada para o dinheiro muito cedo, pois não podemos subestimar a capacidade de entendimento delas, limitando o aprendizado”, descreve. “Ao longo do dia podemos ensinar algumas coisas, como que uma tv custa mais dinheiro que um tênis ou que uma bicicleta é mais caro que um sorvete”, completa.

Segundo a assessora de Negócios da Sicredi, devemos incluir os nossos filhos na rotina financeira da família, como levar ao mercado e mostrar quanto cada produto custa e que o valor muda de acordo com a marca. Também é fundamental que a criança experimente pequenos desembolsos, como dar o dinheiro nas mãos deles para pagar pelo pão e esperar pelo troco certo.

 “Até mesmo uma simples ida a sua instituição financeira pode ensinar para o seu filho que ali não é um lugar de impressão de dinheiro, mas um local seguro para deixar o seu dinheiro e economias”, explica.

Mesada é minha aliada ou minha inimiga?
Dar mesada para os filhos pode ser um assunto polêmico, pois essa ferramenta depende da forma que for aplicada, pode trazer ou não uma relação saudável entre o dinheiro e seu filho.

Para Jessyca Savio, assessora de Negócios da Sicredi, a mesada não deve ser dada sem motivos, pois seu filho pode achar que é fácil ganhar dinheiro sem nenhum esforço, podendo então criar dependência. Por esse motivo é fundamental que o jovem receba esse auxílio apenas depois de exercer algum esforço que não tenha a ver com as obrigações coletivas do dia a dia, como arrumar a cama.

Também é importante relembrar que a mesada não serve para o seu filho gastar com o que ele quiser, essa é uma ferramenta para instruir a criança a priorizar, poupar e se programar, então se os pais não ajudarem na administração do dinheiro, a criança terá a experiência de uma compra por impulso.

Seja criativo
 “Mesmo a minha filha sendo pequena, eu sempre tento passar alguns conhecimentos financeiros para ela de forma lúdica, como brincar com ela de mercado ou lojinha. Além de ensinar brincando, eu estou apresentando para ela o empreendedorismo”, conta a assessora de Negócios da Sicredi.

Ana Lucia conta que depois que seus filhos tiveram acesso aos Gibis da Turma da Mônica sobre educação financeira, houve muitas mudanças na relação deles com o dinheiro, por exemplo, o filho mais velho de 12 anos queria muito uma bicicleta, mas em vez de pedir diretamente para os pais, o adolescente buscou formas de arrecadar dinheiro e participar no pagamento da tão desejada bike. Essa é uma grande lição sobre poupar e valorizar cada conquista.

“Até mesmo a minha filha de 6 anos foi contagiada pelo material educativo disponibilizado pelo Sicredi, agora toda vez que ela vê uma moedinha pela casa, ela pede para pegar e colocar em seu cofrinho”, compartilha Ana Lucia. 

  (NA Ponta do Lápis – G1)

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