Educação Financeira: Contas familiares; dicas para equilibrar as dívidas e manter o orçamento
Fazer parte de uma família que organiza suas finanças e reparte as responsabilidades financeiras torna o lar um lugar mais sereno e próspero.
Fazer parte de uma família que organiza suas finanças e reparte as responsabilidades financeiras torna o lar um lugar mais sereno e próspero. De acordo com um estudo feito pelo POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2017-2018 quase metade dos brasileiros (46,2%) pertencia a alguma família com contas atrasadas. Nessa mesma análise, as faturas de água, luz e gás foram as que mais sofreram com as dificuldades financeiras vivenciadas no mesmo período.
Com a chegada da pandemia do Coronavírus, é conhecido que a situação nos lares brasileiros se agravou, com dificuldades no mercado de trabalho e consequente endividamento.
Educação financeira familiar
Para gerenciar esse momento de incerteza é necessário uma educação financeira familiar. Mais do que o individual, as pessoas moradoras de uma mesma residência precisam pensar no coletivo e ter clareza de seu papel nas contas da casa. Desse modo, é possível dividir os gastos fixos e ainda poupar para projetos em grupo, como reformas, aquisição de novos bens e viagens.
Na sequência estão algumas dicas de como organizar melhor as contas familiares.
Análise do histórico
O primeiro passo é entender e levantar o padrão de consumo existente. Para isso é interessante levar os gastos dos últimos três meses, conforme o que se tiver registro. Hoje em dia, a maior parte dos bancos possui aplicativo que documenta as entradas e saídas. Esse é o momento de reunir os gastos envolvendo as contas da casa, como alimentação, eletricidade, água, aluguel, condomínio etc.
Orçamento em conjunto
Com os dados em mãos é hora de reunir toda a família e distribuir os deveres. O começo de ano é ideal para esse momento porque é nele que acontecem gastos importantes como pagamento do IPTU, IPVA e material escolar. Para que exista coerência na divisão das responsabilidades, é interessante que o montante assumido por cada integrante seja proporcional ao seu salário. E como não é só de pagamento de boletos que se vive, reunir os moradores também é a oportunidade para estabelecer metas em conjunto, como a reforma da cozinha ou aquela tão sonhada viagem.
Corte de gastos
Outra análise importante obtida a partir do histórico financeiro, é de observar em que itens se concentram os gastos não essenciais. Um exemplo pode ser os pedidos em aplicativos de comida, que podem consumir boa parte do orçamento, dependendo da periodicidade de consumo. Nesse caso, é possível diminuir a frequência que esses alimentos são pedidos e focar nas refeições caseiras, que além de mais baratas podem ser mais nutritivas. Por vezes, existem custos que, em um primeiro momento, pareciam importantes, mas que não se adequam à rotina da família, como a mensalidade de um clube ou a assinatura de algum serviço.
Negociação de dívidas
É comum que ao revisitar contas passadas se descubra fatos não agradáveis, como dívidas atrasadas e altas. O melhor jeito de colocar o planejamento financeiro em ordem é negociar essas pendências e se ver livre delas o quanto antes. Mesmo que alguns benefícios precisem ser cortados por um momento, como jantares fora de casa, passeios em família e assinaturas de serviços, é melhor resolver isso antes que o problema se torne maior.
Manutenção financeira
Para que o planejamento financeiro seja eficaz é importante que ele seja acompanhado. Uma pessoa pode ser encarregada dessa função, criando uma planilha para unificar o orçamento. Lembretes com prazos das contas mais importantes podem ser colocados em lugares visíveis para todos, como na geladeira ou em um quadro de avisos. Além disso, comemorar cada meta alcançada para projetos de curto ou longo prazo é essencial para manter a família motivada e focada no objetivo.
(A Tribuna)