15/06/2023

Educação Financeira: 61% dos endividados fazem “rodízio” para pagar dívidas: aprenda a renegociar

Veja dicas para sanar suas dívidas e pagar menos juros
Para os endividados, são várias as maneiras de tentar manter as despesas em dia; uma delas é o rodízio de contas, ou seja, preferir pagar certas faturas e adiar outras, usando como base o valor dos juros e o quanto podem atrasar. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Locomotiva, 61% dos brasileiros com dívidas utilizam esse método como hábito financeiro.
Atualmente, as taxas de juros nos cartões de crédito podem chegar a mais de 400% ao ano; já no cheque especial, elas totalizam mais de 100% ao ano. Por exemplo, uma dívida de R$ 1000 em janeiro pode chegar a R$5000 no final do ano com o cartão de crédito, mas R$2300 com o cheque especial.
A pesquisa também revelou que o fato de não pagar a totalidade das contas do mês impacta negativamente a saúde mental do endividado, podendo causar estresse e conflitos familiares em mais de 60% das pessoas. Outro indicador é que somente 21,9% dos indivíduos se sentem preparados para lidar com gastos inesperados no mês.
Aprenda a renegociar suas dívidas e evitar o “rodízio” todo mês
Organização de gastos não é uma tarefa simples, afinal, 30% das famílias brasileiras possuem dívidas em atraso, segundo a Confederação Nacional do Comércio, e a inflação também não ajuda nesse cenário. Ainda assim, conhecer suas opções para sair do endividamento pode ser crucial para sua saúde mental e da sua família.
Especialistas em renegociação de dívidas , consultados pelo E-Investidor, dão dicas para você entender melhor quais atitudes tomar. Segundo eles, uma das soluções apontadas é a troca de faturas “caras” por “baratas”, substituindo empréstimos com juros altos por financiamentos de juros mais baixos. Vinícius Aloe, sócio e diretor de produtos da Agi, afirma que quanto mais baixos forem os juros, mais acessível será o pagamento de empréstimos.
Para quem necessita de uma visão mais detalhada da taxa de juros aplicada no mercado, Eduardo Filho, especialista em educação financeira e de investimentos da Ágora, sugere ao consumidor a consulta de todas as taxas de juros que são trabalhadas pelas instituições financeiras que estão disponíveis no site do Banco Central (BC).
Uma outra sugestão é usar o crédito consignado, já que o desconto é feito no próprio salário e os juros tendem a ser menores, com prazos mais longos e menor risco de operação. Assim como a antecipação do saque-aniversário do FGTS pode ser uma saída viável aos consumidores. Por fim, conversar com seu gerente do banco também é uma boa tática para renegociar suas contas, podendo gerar bons descontos.
Por mais que as dívidas sejam um grande problema do país, existem maneiras de sair dessa situação e criar uma nova estratégia de planejamento.   (Camila Lutfi - Agência Estado)

Para melhorar a sua experiência utilizamos cookies essenciais e de acordo com a nossa Política de Privacidade, ao continuar navegando, você declara que concorda com estas condições.