28/09/2016

Economia do País: Para trás

O Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias

Levantamento divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral mostra que, em 2016, o Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação. É o pior desempenho desde 1997. Em 4 anos, o Brasil caiu 33 posições, revelando o agravamento da crise econômica e o declínio da produtividade no País.

O ranking de 2016 avalia 138 países e é uma espécie de termômetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportunidades e para que as empresas possam obter sucesso. O Brasil está, agora, abaixo de países como Albânia, Armênia, Guatemala, Irã e Jamaica. O levantamento é calculado a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com executivos dos 138 países participantes, que levam em conta aspectos como instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação empresarial e inovação.

O fato é que, nos últimos anos, o País foi ficando para trás e se distanciando de forma significativa dos demais países do grupo dos Brics e do G-20. A situação começou a se agravar a partir de 2014, com a crise política, somada a fatores estruturais e sistêmicos, como um sistema regulatório e tributário inadequado, infraestrutura deficiente e indicadores sociais ruins. Para analistas, o desenvolvimento da competitividade brasileira só será possível a partir da incorporação de tecnologias, amadurecimento das empresas e empresários e aumento da produtividade. Além disso, o País necessita repensar seu sistema tributário e sua burocracia estatal.

No setor público, é preciso buscar alternativas para resolver o deficit da previdência e modernizar as leis trabalhistas, mas o governo não pode cair na tentação de jogar sobre as costas do trabalhar a maior parte do ônus para garantir o ajuste fiscal. O desafio é tornar a máquina administrativa mais eficiente, combater o desperdício e a corrupção e buscar um sistema fiscal mais justo. A dúvida é se o atual governo tem a intenção e as condições de trilhar esse caminho, o que parece não ser o caso. Matéria completa nas bancas ou Acesse o formato digital  

(Agências)

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