21/02/2020

Dólar fecha a R$ 4,39 e renova patamar recorde

Moeda norte-americana encerrou a quinta-feira vendida a R$ 4,3917, em alta de 0,61%. Na máxima, chegou a R$ 4,3982.

O dólar subiu nesta quinta-feira (20), encostando em R$ 4,40 e renovando o patamar recorde de fechamento, em meio à força da moeda norte-americana no exterior e à falta de perspectivas mais positivas para o real e a atividade econômica no cenário doméstico.

A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,3917, em alta de 0,61%, e marcou novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação intradia já registrada.

Já o dólar turismo foi negociado a R$ 4,5877, sem considerar a cobrança de IOF. Na parcial do mês, o dólar acumula alta de 2,49%. No ano, o avanço chega a 9,52%.

Em movimento contrário, a bolsa brasileira fechou o dia em queda, contaminada pelo viés negativo em Wall Street, além de resultados aquém das expectativas, que derrubaram as ações de Ultrapar e GPA. O Ibovespa recuou 1,66%, a 114.586 pontos.

"É mais do mesmo", disse à Reuters Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, sobre o movimento desta sessão. "Já vinha um processo de apreciação da moeda (norte-americana) no cenário global. O internacional está todo ruim, e o real pode ter uns solavancos distorcidos um dia ou outro, trabalhando em linha com o exterior."
Segundo Abucater, o cenário doméstico também colaborava para a alta do dólar, com a falta de perspectiva de fluxo, o atraso das reformas econômicas e os juros baixos no Brasil reduzindo a atratividade do real.

"Não temos juros, então não tem prêmio para os investidores. O Banco Central fala de encerramento de ciclo (no corte de juros), mas a atividade indica que será necessário mais um corte, e isso vai afetar dólar", acrescentou.

No exterior, o novo coronavírus da China seguiu sendo o principal ponto de atenção dos operadores e investidores, que -- apesar da queda nas novas infecções nesta quinta-feira -- reagiam à notícia de que cientistas alertaram que o patógeno pode se espalhar mais facilmente do que se pensava, agravando os temores sobre o impacto econômico da doença e gerando aversão a risco   (G1)

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