08/03/2016

Desemprego sobe na região metropolitana de SP

Taxa de desemprego sobe para 13,2% na região metropolitana de SP

Em 2015, total de desempregados foi estimado em 1,46 milhão de pessoas.A taxa média de desemprego total na região metropolitana de São Paulo subiu de 10,8% para 13,2% entre 2014 e 2015, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese).

No ano de 2015, o total de desempregados foi estimado em 1,46 milhão de pessoas, o de ocupados em 9,6 milhões e a população economicamente ativa em 11,1 milhões.

O nível de ocupação diminuiu em 1,4% em relação a 2014. Segundo o Dieese, a eliminação de 137 mil postos de trabalho, associada ao crescimento da população economicamente ativa (144 mil pessoas passaram a fazer parte da força de trabalho em 2015, ou 1,3%), resultou no acréscimo do contingente de desempregados em 281 mil pessoas.

Setores

Setorialmente, a queda do nível de ocupação decorreu das reduções na indústria de transformação (eliminação de 71 mil postos de trabalho, ou -4,4%), na construção (-59 mil, ou -8%) e nos serviços (-31 mil, ou -0,6%). O decréscimo foi compensado parcialmente pelo crescimento no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (geração de 35 mil postos de trabalho, ou 2,1%).

No setor de serviços, que é responsável por 58% do total de ocupados na região, os destaques de queda do nível de ocupação vieram dos segmentos de informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais, científicas e técnicas; serviços domésticos e, em menor proporção, atividades administrativas e serviços complementares. O desempenho positivo veio de alojamento e alimentação; outras atividades de serviços; e artes, cultura, esporte e recreação; administração pública, defesa e seguridade social; educação; saúde humana e serviços sociais e transporte, armazenagem e correio.

Assalariados

O contingente de assalariados caiu 1,7%, em decorrência da queda no setor privado (-2%) e da variação positiva no emprego público (1%). No segmento privado, diminuíram os assalariados com e sem carteira de trabalho assinada (-0,7% e -10,5%, respectivamente).

Elevaram-se os contingentes de autônomos (1,1%) e diminuíram os de empregados domésticos (-4,4%) – tanto mensalistas (-6,3%) como diaristas (-1,3%).

Rendimentos

Os rendimentos médios reais de ocupados tiveram queda de 7,7%, e o de assalariados, de 6,8%, que passaram a equivaler a R$ 1.972 e R$ 1.996, respectivamente, bem como dos assalariados no setor privado (-7,4%) e no setor público (-2,9%).

Diminuíram os rendimentos médios dos assalariados no setor privado com e sem carteira de trabalho assinada (-7,9% e -5%, respectivamente) e, segundo os principais setores de atividade, também decresceram os salários médios no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-8,7%), nos serviços (-8,2%) e na indústria de transformação (-4,2%).

Reduziram-se os rendimentos médios dos empregadores (-11,5%), dos autônomos (-9,7%) e dos classificados nas demais posições (-8,4%). Houve aumento apenas no rendimento médio dos empregados domésticos (1%).

Dezembro

Em dezembro, a taxa de desemprego total permaneceu estável, ao passar de 14,1%, em novembro, para 13,9% no último mês de 2015. O contingente de desempregados foi estimado em 1,55 milhão de pessoas, 24 mil a menos que em novembro, resultado decorrente da relativa estabilidade do nível de ocupação (geração de 12 mil postos de trabalho, ou 0,1%) e da população economicamente ativa (12 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho da região, ou -0,1%), segundo o Dieese.

O nível de ocupação manteve-se relativamente estável (0,1%) e o contingente de ocupados foi estimado em 9,6 milhões de pessoas. O resultado é devido aos aumentos na indústria de transformação (2%, ou geração de 30 mil postos de trabalho) e na construção (1,5%, ou 10 mil) e da relativa estabilidade no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (0,1%, ou 2 mil) e nos serviços (-0,2%, ou eliminação de 12 mil postos de trabalho). 

(G1)

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