23/03/2017

Confiança fiscal é fator principal para a retomada

O principal fator para retomada do crescimento é retomada da "confiança fiscal"

O principal fator para retomada do crescimento é retomada da "confiança fiscal", ressaltou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. "A economia não voltou no ano passado por conta da alavancagem das empresas e famílias. Como o endividamento era alto, não era possível crescer", argumentou. "Agora, o crescimento não será exuberante, não vamos crescer os 7% ou algo assim de 2010, mas a expansão acontece com desalavancagem. As empresas estão pagando dívidas", completou o secretário.

Segundo ele, a aprovação da lei da terceirização terá impacto positivo no PIB, mas ainda não foi mensurado. "Já a reforma da Previdência - integral, da forma como foi envidada ao Congresso - terá impacto no crescimento do PIB e nos investimentos", destacou. Além disso, projetou o secretário, se famílias usarem R$ 20 bilhões do FGTS, o impacto no PIB será de 0,35 ponto porcentual. "Cenários sobre o FGTS estão sendo computados no cenário base para o PIB, com maior peso no segundo semestre. Mas, mesmo sem o FGTS, haveria crescimento da economia. Já a safra expressiva de grãos tem impacto importante no 1º trimestre de 2017", diz.

Problema de cada Estado

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse ontem que a retirada dos servidores públicos estaduais e municipais da proposta de reforma da Previdência não afeta o orçamento da União e o ajuste fiscal. "Eu acho que é um processo normal, na medida em que existem algumas questões relacionadas à economia federativa e o fato é que não afeta, caso os Estados saiam, o orçamento da União e o ajuste fiscal", disse o ministro ontem ao chegar para a solenidade de posse de Alexandre de Moraes como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Questionado se essa mudança na PEC da reforma da Previdência não esvaziaria a intenção do governo, Meirelles disse que a proposta da União é fazer uma reforma para todos os servidores públicos federais. "Agora, por uma questão de homogeneização, se expandiu isso para os estaduais. Mas, certamente, a retirada dos estaduais não afeta nosso projeto de teto de gastos, que só se aplica às despesas federais", reforçou. Perguntado se achava que os Estados teriam coragem de promover uma reforma da previdência para os servidores estaduais, o ministro Henrique Meirelles respondeu: "É um problema de cada Estado. Cada Estado tem que cuidar de suas finanças pela Constituição", disse.

(Agência EStado)

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