06/09/2016

Cresce a procura por planos de previdência privada

Em meio à discussão sobre a reforma da previdência, cada vez mais brasileiros recorrem aos planos privados

Em meio à discussão sobre a reforma da previdência, cada vez mais brasileiros recorrem aos planos privados, de olho na aposentadoria. Todo mês o desconto vem ali no contracheque: 5% do salário. De pouco em pouco, a economia da Noemi vai crescendo. Hoje ela tá com 34 anos, mas, de olho no futuro, começou, há 10 meses, um plano de previdência privada.

Muita gente teve a mesma ideia que a Noemi: fazer um esforço, poupar dinheiro durante a vida para ter uma renda melhor quando parar de trabalhar. Hoje mais de 12 milhões de brasileiros têm planos de previdência privada. "Hoje nós somos seis trabalhadores para cada inativo. Daqui a 20 e poucos anos, 30 anos estourando, nós teremos dois trabalhadores para cada inativo. Ou seja, dois trabalhadores terao que gerar renda para ele, para os seus filhos, e para sustentar os idosos. É insustentável", explica o economista Paulo Tafner.

Essa pode ser uma das explicações para que, no primeiro semestre, os planos privados de previdência tenham acumulado R$ 52 bilhões, 13% a mais do que nos seis primeiros meses de 2015. Os dados são da FenaPrevi, federação que representa 70 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país. Entrou mais dinheiro em fundos de previdência privada do que saiu. A captação líquida, que é a diferença entre depósitos e resgates, foi positiva, com saldo de mais de R$ 25,6 bilhões de reais, o que representa uma alta de 7,64%, comparando com o mesmo período de 2015, quando as transações ficaram em R$ 23,8 bilhões.

Os fundos de pensão privados oferecidos pelo setor privado brasileiro estão muito bem estruturados, tão solidos e a regulação, apesar de necessitar de melhoria, hj dá garantia ao investidor de que terá uma renda no futuro. Em todo lugar do mundo a chamada poupança previdenciária tem crescido. As famílias têm entendido que é necessário você constituir uma poupança para o período de inatividade. Quando as pessoas morriam cedo, a poupança não era necessária", aponta o economista Paulo Tafner. 

(G1)

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