03/02/2017

Com reforma, governo espera surpresa no PIB

O crescimento econômico do Brasil surpreenderá em 2017 e vai superar 1%

O crescimento econômico do Brasil surpreenderá em 2017 e vai superar 1% se, sobretudo, a reforma da Previdência sair do papel. Caso contrário, o País continuará em recessão, , afirmou uma fonte do primeiro escalão da equipe econômica do governo. Estou mais otimista do que há três meses , afirmou a fonte sob condição de anonimato. Na minha visão, [a economia brasileira] cresce mais de 1% em 2017. Mas se não der certo, vai para recessão , acrescentou.

A reforma da Previdência, que já foi endereçada pelo governo ao Congresso Nacional é o divisor de águas neste caso, por ser fundamental para colocar as contas públicas do país em ordem. O otimismo da fonte da equipe econômica de Michel Temer se justifica por acreditar que o projeto será aprovado, mesmo com algumas modificações.

Já visualizando a possibilidade de o Produto Interno Bruto (PIB) ter vindo positivo no quarto trimestre de 2016, a fonte destacou ainda que há outros fatores em curso contribuindo para a recuperação da atividade, como sinais positivos sobre a tomada de crédito, a alta no preço das commodities, a perspectiva de boa safra agrícola e as mudanças microeconômicas preparadas pelo governo para dinamizar a atividade produtiva.

Nesse sentido, a próxima leva de medidas a ser anunciada já na próxima semana terá como carro-chefe a ampliação do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que passará a contemplar faixas mais altas de renda, disse a fonte. Também serão divulgadas novidades ligadas à alienação fiduciária e, possivelmente, o estabelecimento de regulamentação para os cancelamentos das vendas de imóveis, os chamados distratos.

Apesar do tom positivo, a fonte afirmou que a economia brasileira ainda passará por períodos de desalavancagem , e que a recuperação da atividade também terá períodos de estabilidade antes de entrar numa rota mais consistente de alta. A fonte avaliou, ainda, que projeções mais pessimistas para a atividade têm subestimado o impacto do saque pelos trabalhadores de recursos do FGTS mantidos em contas inativas, possibilidade anunciada pelo governo no fim do ano passado e que começará a valer em março próximo. Ao longo deste ano, vamos colocar 0,5% do PIB na economia [com a medida] , argumentou.

No mês passado, o Fundo Monetário (FMI) divulgou previsão de crescimento de apenas 0,2% para o Brasil neste ano, inferior à expansão de 0,5% estimada pelo mercado, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Por ora, a projeção oficial do governo segue em 1%, embora membros da própria equipe econômica já tenham admitido que deverá ser reduzida. Reconhecendo estar com ânimo positivo , a fonte disse também ver quadro de estabilidade para o valor do dólar, flutuando por volta de R$ 3,20 a R$ 3,30 em 2017. 

(Reuters)

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