17/10/2016

Bolsa e dólar em alta

Decisão da Petrobras faz Bolsa de SP subir 1,06%

Decisão da Petrobras faz Bolsa de SP subir 1,06%. Ações da Petrobras têm alta de até 3,17%. Dólar comercial vai a R$ 3,205. A decisão da Petrobras de reduzir o preço dos combustíveis pegou os investidores de surpresa ontem, espalhando um otimismo que permitiu à Bolsa atingir seu maior patamar em mais de dois anos e fazendo o mercado financeiro apostar em uma queda mais forte de juros.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve valorização de 1,06%, aos 61.767 pontos, com alta em 46 das 58 ações que compõem o Ibovespa. Foi o maior patamar desde setembro de 2014. Na máxima, o índice superou os 62 mil pontos (62.038), o que também não ocorria desde setembro de 2014. O maior peso para a valorização do Ibovespa foi da Petrobras, com a ação preferencial (PN, sem direito a voto) subindo 3,17%, a R$ 16,26, e a ordinária (ON, com voto) ganhando 2,29%, a R$ 17,90. Na semana, a Bovespa avançou 1,08%.

No câmbio, após abrir em baixa, o dólar comercial passou a subir, acompanhando o mercado global, com a divulgação de dados fortes sobre o varejo dos EUA. Assim, depois de quatro quedas consecutivas, a moeda americana fechou em alta de 0,72%, a R$ 3,205. Na semana, a divisa caiu 0,37%. A medida anunciada pela Petrobras beneficiou outras empresas, como as que compram derivados do petróleo. Caso da Braskem, que subiu 3,73%, aos R$ 27,22.

Mas a alta do Ibovespa foi generalizada. A mineradora Vale ganhou 1,52% no papel ON, a R$ 18,02, e 1,85% no PNA (R$ 16,52). A Bradespar, acionista da mineradora, avançou 3,27%. No setor de bancos, o Banco do Brasil registrou alta 2,61%, o Bradesco avançou 0,81%, e o Itaú teve valorização de 1,9%. A Embraer ganhou 2,92%, com o anúncio da entrega de maior número de aviões. Já a Cielo, com a renúncia de seu presidente, perdeu 3,53%.

No mercado de juros futuros, os principais contratos registram queda, com a expectativa de que a redução de preços dos combustíveis ajudará a segurar a inflação, permitindo, assim, o corte da taxa básica (Selic). O contrato DI com vencimento em 2017 recuou de 13,64% para 13,60%, e o de 2021, de 11,27% para 11,23%. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos próximos dias 18 e 19. - Embora os investidores continuem esperando que o Copom faça um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, o efeito da redução dos preços de combustíveis deve se fazer sentir na reunião seguinte.

Agora, o mercado já aposta em uma redução de 0,5 ponto percentual, o que levaria a Selic a 13,50% ao fim do ano - explicou Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut. No mercado global, o Dollar Index Spot, que compara a moeda americana a uma cesta de moedas, avançou 0,38%, cotado perto do seu maior patamar em sete meses, impulsionado pelo aumento de 0,6% nas vendas do varejo nos EUA. Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,22%, enquanto S&P e Nasdaq encerraram estáveis.   

(OO Globo-15.10)

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