Valor representa mais de R$ 6 bilhões acima do que estava previsto.Os aposentados comemoram um reajuste nos benefícios ligeiramente acima da inflação. O custo para o cofre do governo vai ser de R$ 41 bilhões, mais de R$ 6 bilhões acima do que estava previsto.

Os reajustes vão valer para quase 32 milhões de benefícios da Previdência. O valor máximo pago pelo INSS passará a ser de pouco mais de R$ 5 mil.

Para quem recebe aposentadoria ou pensão de um salário mínimo, a correção foi de 11,68%. O ganho real, acima da inflação, é de menos de 0,5%. Para os que ganham mais de um salário mínimo, os benefícios vão ser corrigidos em 11,28%, o valor do INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

O total dessa conta chega a R$ 41 bilhões, mas R$ 6,3 bilhões não estão previstos no orçamento. O motivo é que a inflação subiu mais do que o governo esperava quando fez a previsão das contas para este ano.
A explicação do Ministério do Planejamento é que o orçamento foi fechado em agosto com estimativa de inflação abaixo de 10%, mas o ano fechou acima de 11% e elevou os gastos totais com a Previdência.

Para o economista José Carlos Oliveira essa é mais pressão de desequilíbrio nas contas públicas. Ele defende a discussão imediata de uma reforma da Previdência, com uma idade mínima para aposentadoria, e também alerta que as atuais regras de reajuste trazem de volta a indexação.

“O que você está fazendo, na verdade, com o processo de reindexação é que todo aumento de preços que você tem em um ano, você está passando para o outro. Isso faz com que a gente perpetue a inflação no caso brasileiro, como era no passado”. 

(Giovana Teles - Hora 1)