8 tipos de mesadas para educar financeiramente seus filhos
A infância é a fase ideal para desenvolver comportamentos de educação financeira.
Com o retorno das aulas presenciais, o debate sobre a mesada volta a preocupar a vida dos pais. Isso mostra a importância da educação financeira: porque de dar mesada, quando começar e como estabelecer o valor.
A volta às aulas é excelente momento para começar e pode até gerar economia nas contas da família. Ao contrário do que muitos pensam, a mesada não é um incentivo ao consumo, e sim forma de educar financeiramente as crianças.
Reinaldo Domingos, doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e autor de vários livros, explica que a infância é a fase ideal para desenvolver comportamentos que serão levados por toda a vida.
Oferecer mesada aos filhos é importante ferramenta de educação financeira Oferecer mesada aos filhos é importante ferramenta de educação financeira.
Por isso é importante implantar a mesada quando notar que a criança está pedindo dinheiro com frequência e já mostra ter seus primeiros hábitos de consumo. “Normalmente, crianças e jovens consomem durante a rotina escolar, com gastos com alimentação, por exemplo. Em uma volta com a diminuição, quando muitos ficaram afastados, é muito preocupante essa relação, podendo ocorrer descontrole”, alerta Domingos.
USO DO DINHEIRO DE FORMA SUSTENTÁVEL
É fundamental que as crianças e jovens sejam orientadas para usar o dinheiro de forma sustentável e poupar parte dele para realizar seus sonhos no futuro, com isso essas se tornam menos consumistas e mais conscientes. Os reflexos são notados em casa.
“Algo que percebo é que muitos pais acreditam que não dão mesada, mas dão pequenas quantias constantemente aos filhos, de forma não sistematizada. Contudo, existem várias formas de mesadas diferentes do que se imagina e que ajudam na educação financeira” explica Domingos.
Exemplo muito comum é pais que dão dinheiro quando os filhos pedem para fazer pequenas compras, como de guloseimas e brinquedos, por mais que pareça que não, eu caracterizo isso como uma mesada voluntária.
Há 8 tipos de mesada, categorizadas no livro Mesada não é só dinheiro:
• Mesada Voluntária: É a primeira mesada que seu filho recebe, quando quer comprar sorvete ou bala, o primeiro dinheiro que passa pelas mãos da criança. Na maioria das vezes, são as moedinhas do troco e é importante porque é algo novo para as crianças.
• Mesada Financeira: É o tipo mais comum de mesada. Aquele dinheiro dado às crianças semanalmente ou mensalmente para que elas comecem a tomar conta do próprio dinheiro.
• Mesada de Terceiros: Quando seu filho recebe dinheiro dos avós, dos tios ou padrinhos, é considerada mesada de terceiros.
• Mesada Econômica: Quanto mais a criança ajuda a economizar em casa, mais a família toda ganha para fazer coisas juntos. Por exemplo, 50 reais que todo mundo economiza na conta do supermercado pode render um ótimo passeio até a sorveteria no final de semana.
• Mesada Empreendedora: na verdade, é o dinheiro que seu filho ganha por fazer algum investimento pequeno em casa. Por exemplo, ele ganha mesada com a venda de pipas que ele mesmo faz em casa, ou algum tipo de trabalho manual, ou até mesmo trufas e biscoitos.
• Mesada Ecológica: Não precisa ser dinheiro, é um jeito de incentivar seu filho a separar o lixo para reciclagem, por exemplo, e ir aos pontos de troca, onde certa quantidade de material reciclável vale uma quantia em dinheiro.
• Mesada de Troca: Em vez de seu filho economizar por meses para comprar um brinquedo novo, que tal chamar os amigos dele para fazer uma tarde de troca de brinquedos? É divertido, trabalha a conscientização e reaproveita os brinquedos usados em bom estado.
• Mesada Social: É aquela que leva a criança a escolher brinquedos, passeios e opções mais baratas e com maior qualidade para passar mais tempo com a família e com os amigos. A recompensa não é monetária, mas ensina a criança que o dinheiro não é única coisa de valor que ela pode guardar.
(Meio Norte)