05/08/2022

4 dicas de organização financeira para fugir da inadimplência

Confira as estratégias que podem auxiliar a organização financeira por meio de controle de gastos durante período de juros e inflação alta no Brasil.

Com uma inflação acumulada de 11,89% nos últimos 12 meses  e uma taxa de desemprego em 10,5%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o controle financeiro na vida do brasileiro, atualmente, se faz mais que essencial.

Isso porque quando inseridos nesse cenário instável com taxas de juros básicas em 13,25%, o consumidor precisa repensar suas atividades de consumo, ainda que básicas, para não se endividar e acabar no vermelho.

Com a economia do país sem muitas perspectivas de melhora no curto prazo, o planejamento financeiro se apresenta como um dos maiores aliados, principalmente quando se fala na utilização do cartão de crédito, que recentemente se consolidou como o tipo de dívida mais comum entre os brasileiros. A organização das finanças contribuem para que o potencial comprador entenda qual a sua realidade de renda e principalmente sua média de despesas. “Os últimos movimentos na economia brasileira causaram uma corrosão no poder de compra do consumidor, principalmente na capacidade de honrar dívidas e na instabilidade das finanças pessoais”, aponta Leonardo Grapeia, CEO da Focus, instituição financeira especializada em crédito, financiamento e investimentos.

Pensando nisso, a fim de contribuir com a organização das finanças e apontando um melhor caminho para o consumidor diante deste cenário, o executivo listou quatro dicas que podem fazer a diferença para os brasileiros. Confira abaixo:

Monitore seus ganhos e despesas
Para o planejamento das finanças pessoais é essencial que se entenda como funciona o seu fluxo de caixa e como os recursos devem ser divididos. É importante que cada indivíduo se programe para entender quais são as receitas e despesas, e quais as melhores maneiras de manter o consumo em um nível de estabilidade que seja possível acompanhar financeiramente. Quando essa organização é feita, seja por meio de uma planilha ou até mesmo em aplicativos, é possível que as despesas desnecessárias sejam identificadas, e consequentemente seja possível ter uma programação econômica melhor estruturada de acordo com suas necessidades. Praticando esse tipo de atividade, é possível gerir os ganhos e as despesas de maneira mais eficiente.

Preste atenção nas taxas de juros
Devido à falta de educação financeira na vida dos brasileiros, as taxas de juros não são significamente determinantes em um processo de compra. Até existem pessoas que entendem a dinâmica dos juros e da inflação, mas infelizmente, essa é uma pequena parcela da população. Por esse motivo, vale estar atento aos juros mensais, anuais, cheque especial e principalmente cartão de crédito. É importante entender que esses valores podem alavancar em um curto período de tempo, portanto, é essencial um planejamento bem feito para manter as finanças em condições favoráveis e os custos dentro do planejado.

Negocie suas dívidas
Nem sempre é possível estar livre das dívidas, mas entender seu tamanho e qual o melhor caminho para quitar determinado valor, pode fazer a diferença em períodos sensíveis como o atual. Caso tenha alguma dívida e ela esteja fora do alcance de pagamento, é válido entender suas necessidades e condições de renegociação. Para chegar às melhores possibilidades entenda a capacidade atual de pagamento, converse com o credor, corte despesas desnecessárias e realoque esse valor em um pequeno planejamento para finalização da dívida.

Mantenha uma reserva financeira emergencial
Realizar cálculos de recursos para organização de uma reserva financeira é essencial para garantir segurança e estabilidade em tempos de instabilidades econômicas. O ideal é  conseguir guardar, no mínimo, 10% do valor referente ao salário líquido mensal para que caso precise no futuro, não seja necessário recorrer ao cheque especial ou ao cartão de crédito, que em tempos de crise, e em parceria com a falta de educação financeira, pode não ser tão benéfico como aparenta.  

(Leonardo Grandchamp – Jornal Contábil)

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