21/06/2017

Reforma: Expectativa de aprovação em 1° turno antes do recesso

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que espera a aprovação da reforma da Previdência

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que espera a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados antes do recesso legislativo do meio do ano, ressaltando que vê o Brasil deixando para trás a crise mais aguda da história, apesar do turbilhão enfrentado pelo governo desde as denúncias das delações da J&F. 

Em discurso a empresários e investidores russos durante viagem a Moscou, Temer disse que fatos "desprezíveis e desprezáveis" surgiram no momento em que a economia começou a crescer com o intuito de impedir a recuperação, mas demonstrou confiança na aprovação das reformas prioritárias para o governo que estão em tramitação no Congresso. 

“Eu venho a Moscou com a confiança de quem vê o Brasil deixando para trás a mais aguda crise da nossa história", disse Temer, que apresentou as reformas trabalhista, da Previdência e a PEC do teto de gastos já aprovada pelo Congresso como medidas adotadas pelo governo para recolocar o país nos trilhos. 

“Nós estamos neste particular reunindo, no caso da Previdência, os apoios necessários para que a reforma saia do papel o quanto antes. Nós queremos, quem sabe, estou vendo os nossos colegas deputados e senadores acenando com a cabeça para dizer que ainda neste semestre, quem sabe antes do recesso legislativo, nós consigamos aprovar pelo menos o primeiro turno da reforma previdenciária”, acrescentou. 

O recesso parlamentar está previsto para ser iniciado no dia 18 de julho, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na semana passada que pode suspendê-lo para analisar uma esperada denúncia contra Temer a ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base na delação premiada do empresário da J&F Joesley Batista. 

Temer é alvo de inquérito conduzido pela Polícia Federal, sob autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeita de corrupção passiva, participação em organização criminosa e obstrução da Justiça. 
Sem citar diretamente à crise política que enfrenta desde as denúncias contra ele, Temer ponderou que há "uma ou outra observação, uma ou outra objeção" ao trabalho do governo de recolocar o país no caminho da reponsabilidade e do crescimento. 

"O que é interessante é que exata e precisamente no momento em que a ecomonia começou a decolar, de repente acontecem fatos que visam atentar, impedir. Fatos absolutamente desprezíveis e deprezáveis”, afirmou. 
Temer embarcou na segunda-feira para uma viagem à Rússia e à Noruega em busca de investimentos no Brasil. Além do encontro com empresários, o presidente terá reuniões em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro, Dmitry Medvedev. 

Na Noruega, onde desembarca no dia 22, a visita também será dedicada a investidores, mas Temer também terá encontros com o rei Harald V e com a primeira-ministra, Erna Solberg.

(Pedro Fonseca - G1)

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