30/10/2017

Previdência: uma colcha de retalhos

As pessoas estão vivendo mais e o índice de natalidade diminuiu

A questão é que as pessoas estão vivendo cada vez mais e o índice de natalidade diminuiu.

A reforma de Previdência, uma das prioridades do Congresso, está quicando na área de entrada da Câmara, mas ainda não tem data para ser votada. Embora já tenha passado por alterações, ainda não há um consenso sobre a melhor forma de fazer essa mudança. Fato é, que do jeito que está não pode continuar. 

Para 2017 o governo estima um déficit no Regime Geral da Previdência Social (RGPS) de R$ 188,8 bilhões, devendo chegar a R$ 200 bilhões em 2018. Segundo economistas, se a proposta de reforma for aprovada este ano, será possível uma economia de cerca de R$ 650 bilhões para os próximos dez anos. Agora, a reforma de previdência é o único instrumento possível para estancar o rombo nas contas do governo? Não. Uma opção seria o aumento de impostos. Mas, mais uma vez, o povo pagaria a conta da irresponsabilidade cometida por vários governos. Outra opção, seria o corte de gastos do governo. Hoje, o legislativo custa cerca de R$ 25 milhões por dia. Essa alternativa está descartada, não vemos o governo agindo neste sentido. 

É importante destacar que se não houver mudança, outros setores serão afetados, como, segurança, saúde, educação, infraestrutura, pois essas despesas serão comprimidas para sustentar o déficit crescente da Previdência Pública. A reforma da previdência é um problema que afetará, de maneira substancial, o crescimento do País. É fato que uma reforma considera medidas impopulares, mas temos que ter senso social e pensar coletivamente, afinal, vivemos em sociedade. E, se por alguma razão, não vivenciarmos esse cenário e não buscarmos soluções, quem irá arcar com as consequências serão os nossos filhos, sobrinhos e netos. 

A questão é que as pessoas estão vivendo mais e o índice de natalidade diminuiu. Dados do IBGE, mostram que o país registrou uma média de 1,94 filho por mulher, abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher. Ou seja, teremos cada vez menos contribuintes para um número maior de aposentados. Quem quiser manter um padrão de vida próximo ao que se tem enquanto trabalhador, terá que começar cedo a fazer um pé de meia, como investir em previdência privada e garantir uma retirada mensal mais próxima da atual realidade. 

(Panorama Brasil)

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