A nota geral do Brasil no Índice Melbourne de Previdência da Mercer teve uma leve piora este ano, em relação a 2016, caindo de 55,1 para 54,8. O índice avalia o sistema de previdência de 30 países com base em três quesitos: adequação, sustentabilidade e integridade. O Brasil caiu quatro posições no ranking com relação a 2016, saindo da 16ª posição para a 20ª posição. No entanto, o ranking de 2017 teve a inclusão de três países: Colômbia, Nova Zelândia e Noruega.

Segundo Felipe Bruno, líder da área de previdência da Mercer Brasil, apesar do valor nominal do índice ter caído, não houve grandes alterações nas condições do sistema. “Observou-se uma queda geral na pontuação relacionada aos indicadores de governança de vários países. Importante ressaltar que o Brasil teve sua classificação no nível C, que considera que o sistema possui algumas características positivas, mas ainda existem medidas e riscos a serem enfrentados”, diz Bruno. Entre os riscos apontados para a previdência do país está a capacidade do sistema honrar com seus compromissos no médio prazo, associado a uma população que envelhece rapidamente e cresce em ritmo menor. “Esses riscos pressionam cada vez mais para uma reforma estrutural”, reforça Felipe Bruno.

Avaliação global – A Dinamarca permaneceu na primeira posição no ranking deste ano, com uma pontuação total de 78,9, ficando na frente dos Países Baixos e da Austrália, com 78,8 e 77,1 pontos respectivamente. Os novos participantes no índice também foram bem avaliados, sendo a Noruega com 74,7 pontos, a Nova Zelândia com 67,4 e a Colômbia com 61,7. Os dois primeiros países s foram notados como tendo uma estrutura sólida, com muitas características boas, mas com algumas áreas para melhoria, enquanto a Colômbia, possui um sistema com algumas características boas, mas que possui alguns dos principais riscos e deficiências da previdência. 

(Agência Investidor Online)