10/10/2017

Educação continuada como estratégia de combate ao desemprego

Investir em qualificação pessoal e profissional será sempre a melhor estratégia

Investir em qualificação pessoal e profissional será sempre a melhor estratégia. Há quem diga que o melhor momento para se procurar emprego seja quando se está empregado. Analogamente, o melhor momento para se buscar qualificação profissional é quando se está na ativa, pois a busca por qualificação contínua maximiza as chances de promoções profissionais ou, na mais modesta das hipóteses, a manutenção do atual trabalho. Entretanto, parece que esta mentalidade não está associada ao senso comum, visto que a maior parcela da massa trabalhadora não se preocupa com estas questões enquanto vinculada ao mercado de trabalho. Certamente que esta é uma das principais causas para o aumento do turnover em alguns setores mercadológicos e para a demora em que o desempregado atual leva para se reinserir no mercado de trabalho.

Uma pesquisa recente realizada na Grande Porto Alegre RS, indica que o tempo médio na busca por emprego chega a  nove meses, sendo que essa "espera" mais que dobrou considerando os três últimos anos. Hoje, embora o nível de desemprego apresente leves sinais de melhorias (atualmente, são 13,3 milhões de desempregados, segundo dados do IBGE) e o mercado tenha a capacidade de crescer saudavelmente, parece que boa parte dos desempregados atuais ainda terão enormes dificuldades para conseguirem retornar ao mercado de trabalho. E o principal motivo reside no nível de instrução do indivíduo que busca por uma oportunidade. E as empresas estão mais exigentes, também, devido ao aumento da oferta atual de candidatos. Mas não é só isso. O aumento latente de candidatos no mercado não significa um aumento proporcional de profissionais instruídos, ou seja, qualificados. Além disso, a maior parcela que contribui para o aumento do nível de desemprego atual é oriunda de candidatos pouco instruídos, ainda que estes possam ser considerados "profissionais" em suas áreas de atuação. Por exemplo, o indivíduo pode ter as habilidades necessárias para exercer o "trabalho", porém pode não possuir as competências mínimas que se traduzem em um nível aceitável para a empresa. Isso, definitivamente, inclui grau de escolaridade e não é, tão somente, o ensino médio que pode garantir empregabilidade nesse presente futuro.  É preciso mais, ir além. Por isso, a educação continuada pode ser a possibilidade para se destacar em meio a tantos candidatos potenciais.

Nesse sentido, há boas oportunidades para se qualificar gratuitamente. Virtualmente, há excelentes opções como FGV, SENAC, ILB, Veduca, Coursera, Khan Academy, apenas para citar algumas. Nessas plataformas de aprendizagem, qualquer pessoa pode ter acesso a um conteúdo incrível disponibilizado abertamente, sendo que algumas delas disponibilizam certificação para àqueles que passarem no processo de avaliação do curso. São alternativas totalmente viáveis e fundamentais para agregar valor ao "currículo" e chamar a atenção dos recrutadores, estes, recorrentemente, que apontam essa estratégia como forma do profissional se manter "destacado" no mercado de trabalho. Evidentemente que temos de considerar alguns fatores restritivos que podem ocorrer, como o universo de acesso à internet, o percentual de uso das tecnologias móveis, e o nível de "alfabetização digital". Mas, considerando que as tecnologias estão se popularizando numa velocidade incrível tanto quanto o uso de smartphones, então por que não usá-los a seu favor? Acredito que boa parte deste paradigma seja, apenas, uma questão de foco pessoal e de gestão de tempo individual.

(Diego Felipe Borges de Amorim - Administradoes)

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