05/10/2017

Dólares voltam a ingressar no Brasil em setembro

Entrada de recursos superou a saída em US$ 2,54 bilhões no mês passado

Entrada de recursos superou a saída em US$ 2,54 bilhões no mês passado, informou o Banco Central. No acumulado de janeiro a setembro, ingresso liquido é de US$ 6,67 bilhões. A entrada de dólares do país superou a retirada de recursos em US$ 2,54 bilhões no mês de setembro, informou o Banco Central nesta quarta-feira (4). O movimento acontece após três meses seguidos de retiradas: em junho, julho e agosto, respectivamente, foi contabilizada a evasão de US$ 4,3 bilhões, US$ 2,64 bilhões e US$ 698 milhões da economia brasileira.

A entrada de dólares se dá quando investidores enviam dinheiro ao Brasil para aplicações financeiras ou investimento em empresas, por exemplo. O dólar sai quando esses investidores retiram recursos do país e, normalmente, aplicam em outros países. Essas operações ocorrem por meio de remessas feitas por bancos contratados por esses investidores. No acumulado deste ano, até o final de setembro, o ingresso de dólares supera as retiradas em US$ 6,67 bilhões. No mesmo período do ano passado, US$ 15,76 bilhões haviam sido retirados do Brasil.

Impacto no dólar

A entrada de dólares favorece, em tese, a desvalorização da moeda em relação ao real. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tende a recuar. Em setembro, porém, o dólar registrou pequena alta. No fim de agosto, a moeda norte-americana estava em R$ 3,14 e, no fechamento de setembro, foi cotada a R$ 3,16. O aumento foi de 0,64% no mês passado. Nesta quarta-feira (3), or volta das 12h30, já opera ao redor de R$ 3,13.

Acompanhe aqui a cotação do dólar

Segundo analistas de mercado, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda, como o cenário político interno e externo e o processo gradual de alta dos juros nos EUA, que tende a atrair capital para aquela economia. Nesta quarta-feira, o dólar opera em queda acompanhando a fraqueza da moeda no exterior diante das especulações de que o novo chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode ser alguém mais flexível do que inicialmente esperado, segundo a Reuters.

Interferência do BC

Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial, que funcionam como uma venda futura de dólares, ou de "swaps reversos", que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro. Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.

(Alexandro Martello - G1)

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